18 DE MAIO



Em 2016 o Conselho Tutelar de Touros elaborou o Projeto de Ação, com a temática "Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes no município de Touros". Objetivando conhecer as expressões do abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes por meio de diagnósticos, levantamento de dados, estudos e pesquisas e o acesso à informação e denúncia, promovendo a participação ativa das escolas em defesa das crianças e adolescentes pela defesa de seus direitos na elaboração e execução de políticas de proteção, estimulando as escolas na defesa das crianças e dos adolescentes vítimas de abuso sexual, divulgando ações preventivas contra o abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes, fundamentalmente pela educação, sensibilização e autodefesa e promovendo ações educativas de prevenção ao combate ao abuso sexual.


Em 2017 este projeto está sendo desenvolvido Prefeitura Municipal de Touros, juntamente com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho, Cidadania e Habitação, tendo como parceiros o CREAS, CRAS, CONSELHO TUTELAR, CMDCA, CMAS e a SECRETARIA DE EDUCAÇÃO. Vale lembrar que a programação deste ano não será desenvolvida pelo Conselho Tutelar, mas terá a mesma finalidade do projeto de 2016. Segue abaixo a programação:


Dia: 08 a 12 de maio

Mobilização nas escolas, visitas nas instituições de ensino, divulgando e mobilizando para o evento do dia 18 de maio, com apresentação de vídeos e uma roda de conversa direcionados a temática da campanha. Iniciando pela manhã a partir das 9h00 e a tarde a partir das 14h00, tendo como parceiros: CREAS, Conselho Tutelar, Secretaria de Educação, diretores e professores das escolas.


Dia: 09 de maio

Participação no Rádio Farol destacando a relevância do tema em pauta e o trabalho nas escolas para discutir e sinalizar o enfrentamento da problemática. Iniciando pela manhã a partir das 8h00, tendo como parceiros: Secretaria Municipal de Assistência Social, CREAS, Conselho Tutelar e Rádio Farol.

 

Dia: 15 de maio           

Trabalho articulado com o Conselho Tutelar para realizar nas escolas particulares do município discussão e enfrentamento da problemática do abuso e exploração sexual. Acontecerá pela manhã e pela tarde, nas escolas particulares do município, tendo como parceiros: CREAS e Conselho Tutelar.


Dia: 16 de maio

Pit Stop de Prevenção -  fazer abordagem e panfletagem de orientação e informação sobre a campanha do dia 18 de maio no combate ao abuso e exploração sexual a crianças e adolescentes. Iniciando pela manhã a partir das 9h00 na Praça em frente ao Hospital e na feira livre, tendo como parceiros: CREAS, CRAS, Conselho Tutelar e Conselho Municipal de Defesa e dos Direitos das Crianças e Adolescentes – CMDCA.


Dia: 17 de maio

Trabalho articulado com o Conselho Tutelar para realizar nas escolas discussão e enfrentamento da problemática do abuso e exploração sexual com os pais dos alunos. Acontecerá no turno vespertino nas instituições de ensino do município, tendo como parceiros: CREAS e Conselho Tutelar.


Dia: 18 de maio

Caminhada de mobilização e sensibilização pela campanha do Faça Bonito:  Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. Sairá pela Avenida 27 de março, com a participação popular, iniciando as 16h00 , a concentração será em frente à Secretaria Municipal de Assistência Social, na Esquina do Brasil. O encerramento será ao lado da igreja matriz, onde acontecerá as apresentações. Terá como parceiros: Secretaria Municipal de Assistência Social, CREAS, CRAS, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Defesa e Direitos da Criança e Adolescente, instituições de ensino, APAE e Escoteiros.


Dia: 19 de maio

Roda de conversa com profissionais que trabalham com a demanda. Fortalecendo a rede de proteção sobre a questão do abuso e exploração sexual. Acontecerá as 09h00 no Salão do Tribunal do Júri – Comarca de Touros, terá como parceiros: Secretaria Municipal de Assistência Social, CREAS, CRAS, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Defesa e Direitos da Criança e Adolescente, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e a Delegacia de Polícia.


CULMINÂNCIA DO PROJETO- 2017





Hoje (18) aconteceu a caminhada em alusão ao dia nacional de combate a exploração sexual de crianças e adolescentes, uma campanha desenvolvida em todo país, em Touros esta campanha foi desenvolvida pela Prefeitura Municipal de Touros por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria do CRAS, CREAS, SME, SMS, CMDCA e CONSELHO TUTELAR.



Durante 15 dias, foram realizados encontros com a rede atendimento, com entrevistas em rádios, panfletagens, palestras nas escolas e mesa redonda com debates acerca da temática. Vale frisar que o tempo foi pouco para a grandiosidade da proposta, esperamos que em 2018 este trabalho seja intensificado, como foi em 2016.






A culminância da campanha se deu com uma caminhada, saindo da Esquina do Brasil, rumo a lateral da Igreja Matriz, com apresentações acerca do tema. Vale destacar que o número de escolas que participaram foram o mínimo possível, tendo em vista que são mais de 30 escolas no município, participou alguns alunos do Junqueira Ayres,  Lápis na Mão, Progressivo e APAE, participou também os integrantes dos órgãos CRAS, CREAS, ASSISTÊNCIA SOCIAL E O CONSELHO TUTELAR.
18 DE MAIO - PROJETO 2016

CONSELHO TUTELAR DOS DIREITOS DA CRIANÇA
E  DO ADOLESCENTE DO MUNICÍPIO DE TOUROS/RN
Lei Federal 8.069/90 – Lei Municipal 389/95
Av. 27 de Março, 431 – Centro – Tele fax – 3263-2321




PROJETO DE AÇÃO
COMBATE AO ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE TOUROS.








TOUROS/RN
2016


Alzenir Pereira do Nascimento
João Nelo Oliveira
Miguel Joaquim Bezerra
Manoel David (Suplente)
Mônica Maria Gomes A. do Nascimento
Paulo Emídio da Silva Júnior















PROJETO DE AÇÃO
COMBATE AO ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE TOUROS


Projeto apresentado as escolas públicas e privadas do município de Touros, elaborado pelo Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município de Touros/RN















TOUROS/RN
2016


SUMÁRIO




1. INTRODUÇÃO


No Brasil, o período que antecedeu a Constituição Federal de 1988 (CF/88) foi determinante para a mudança de paradigmas na área da garantia de direitos de crianças e adolescentes. O texto constitucional trouxe os princípios da proteção integral dos direitos da criança e do adolescente, com absoluta prioridade. Nele o tema violência sexual tem especial relevância.
Merece destaque o parágrafo 4º, do art.227 pela importância atribuída ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. O Brasil foi o primeiro país a promulgar um marco legal (Estatuto da Criança e do Adolescente), em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989). No contexto internacional, o mundo já propugnava pela criação de planos para o enfrentamento da violência sexual, com foco, à época, para a exploração sexual, haja vista, a “Declaração e Agenda para Ação”, aprovada no I Congresso Mundial Contra Exploração Sexual Comercial de Crianças/1996, como também as recomendações do II Encontro do ECPAT – Brasil/1998.
Vale ressaltar, que na esteira desses movimentos, o Brasil avançou de forma significativa no enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, com a aprovação em 2000 pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil. A partir da instituição desse Plano Nacional, o País vivencia uma série de avanços importantes na área do reconhecimento e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Esse instrumento tornou-se referência e ofereceu uma síntese metodológica para a estruturação de políticas, programas e serviços para o enfrentamento à violência sexual.
Em 2003, iniciou-se um processo de atualização do Plano Nacional, especialmente, para introduzir indicadores de monitoramento e avaliar seu impacto na formulação de políticas públicas nessa área. Em 2008, o Brasil sediou o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. As discussões dele decorrentes alertaram para a necessidade de atualização/revisão do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual, sobretudo para atender as chamadas novas formas de violência sexual.
O processo de revisão do Plano Nacional, coordenado pelo Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e pela Coordenação do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Secretaria de Direitos Humanos/PR, impôs, em face da diversidade das várias realidades das regiões brasileiras e da dimensão continental do país, um amplo e detalhado processo de mobilização e debates, de forma a garantir a legitimidade das ações previstas e facilitar o monitoramento de sua implementação e para a formatação conjunta de ações que demandam execução transversal.
O envolvimento do Conanda durante todo o processo de revisão foi fundamental para dar ao Plano Nacional, o status de norteador das políticas públicas nessa área. Em 2010, o Brasil produziu o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, no âmbito do Conanda. Relevante destacar que no processo de revisão do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes houve a previsão de se fazer interface direta com as diretrizes do Plano Decenal, em especial as diretrizes contidas no Eixo 2 - Proteção e Defesa dos Direitos - Objetivo Estratégico 3.9 – Ampliar e articular políticas, programas, ações e serviços para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, com base no Plano Nacional temático.
Para guardar sintonia com o prazo de vigência do Plano Decenal definiu-se como estratégico que as ações do novo Plano Nacional também sejam implementadas até 2020. Ao aprovar o novo Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, ora publicizado, o Conanda, o Comitê Nacional e o PNEVESCA reafirmam o compromisso de defesa intransigente dos direitos de crianças e adolescentes, sobretudo daqueles/as que se encontram circunstancialmente em situação de ameaça ou violação ao direito fundamental de desenvolvimento de uma sexualidade segura e saudável.

2. OBJETIVOS

 

2.1 GERAL

Conhecer as expressões do abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes por meio de diagnósticos, levantamento de dados, estudos e pesquisas e o acesso a informação e denúncia.

 

2.2 ESPECÍFICOS

·         Promover a participação ativa das escolas em defesa das crianças e adolescentes pela defesa de seus direitos na elaboração e execução de políticas de proteção;
·         Estimular as escolas na defesa das crianças e dos adolescentes vítimas de abuso sexual;
·         Divulgar ações preventivas contra o abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes, fundamentalmente pela educação, sensibilização e autodefesa.
·         Promover ações educativas de prevenção ao combate ao abuso sexual.



3. JUSTIFICATIVA


Diante da problemática em questão e o índice alarmante de casos de abuso sexual no nosso município, estamos desenvolvendo este projeto para o âmbito social, a qual, nossas crianças estão inseridas, são encontrados vários tipos de violência, mas, a pior delas, é a violência sexual, que deixa sequelas eternas, segundo o ECA, 1990;
“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. Ainda no artigo 70, o ECA estabelece: “É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente”.

Apesar de toda a legislação existente em defesa das crianças e dos adolescentes, sabe-se que um número demasiado destes são vítimas de violência em nosso meio. A Sociedade Internacional para a Prevenção do Abuso Sexual e Negligência (IPSCAN) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) definem os maus-tratos ou abuso à criança e ao adolescente como:

(...) todas as formas de maus-tratos físicos e/ou emocionais, abuso sexual, negligência, tratamento negligente ou exploração comercial ou, ainda, qualquer outro tipo de exploração que resulte em danos reais ou potenciais à saúde, ao desenvolvimento, à sobrevivência ou à dignidade da criança e do adolescente no contexto de uma relação de responsabilidade, poder ou confiança. (OMS, 2002, p.59)

Dentre os tipos de maus-tratos infantis, o conceito de abuso sexual, segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (ABRAPIA), caracteriza-se por:
Situação em que uma criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto ou adolescente mais velho, baseado em uma relação desigual de poder. Inclui manipulação da genitália, mama ou ânus, com ou sem penetração, exploração sexual, com ou sem violência. (ABRAPIA, 1997, p. 09).
Conhecer esses fenômenos e buscar meios para combatê-los é importante, tendo em vista que a literatura da área aponta uma relação direta entre problemas no desenvolvimento e nas estruturas cerebrais de uma pessoa e a situação de ter sofrido maus-tratos quando criança ou adolescente Em geral, os maus-tratos contra crianças e adolescentes são realizados por pessoas próximas da vítima, tais como: pais, tios ou avós. De acordo com a revisão de Bérgamo (2007), os fatores que aumentam a chance de um indivíduo realizar maus-tratos infantis são conhecidos na literatura: ter sofrido violência na infância, ter relacionamento conjugal ruim ou violento, ter pouco suporte social, acreditar ter merecido ser punido na infância, falta de conhecimento sobre o desenvolvimento saudável infantil, ter sido pai precocemente,   sofrer de transtorno depressivo ou de ansiedade, abusar de álcool e drogas e realizar avaliações inadequadas do comportamento da criança.
Uma das maneiras de intervir nessa questão dos maus-tratos é por meio da Rede de Atenção e Proteção da Criança e do Adolescente. Tal rede é composta por profissionais ligados à área da infância tais como: professores, pediatras, enfermeiros, agentes do programa saúde da família, entre outros. De acordo com ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) os profissionais devem notificar casos suspeitos e confirmados de maus-tratos (Artigo 245). Após tal notificação, os conselheiros tutelares irão averiguar o risco a que a criança ou adolescente está exposta e realizar os encaminhamentos necessários, os quais podem ser simplesmente orientações aos responsáveis, como até mesmo albergamento da criança e iniciação de processo judicial, em que se analise a possibilidade    da adoção da criança por outra família (Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude, 2008).


4. REFERENCIAIS TEÓRICOS


No Brasil, o período que antecedeu a Constituição Federal de 1988 (CF/88) foi determinante para a mudança de paradigmas na área da garantia de direitos de crianças e adolescentes. O texto constitucional trouxe os princípios da proteção integral dos direitos da criança e do adolescente, com absoluta prioridade. Nele o tema violência sexual tem especial relevância. Merece destaque o parágrafo 4º2, do art.227 pela importância atribuída ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, explicitamente tratado. Era claramente uma resposta ao clamor de vários movimentos sociais que solicitavam uma ação formal do Estado brasileiro à violência sexual contra crianças e adolescentes, que se configurava como uma violência velada, pouco discutida e pouco assumida pelas políticas públicas.
A CF/88 foi um marco, na medida em que provocou uma substancial mudança no campo dos direitos humanos de crianças e adolescentes. A visão da “criança-objeto”, da “criança menor”, ou seja, a visão higienista e correcional é substituída pela visão da criança como sujeito de direitos. O mais importante nesse movimento, inaugurado pela Criança Constituinte e que culminou com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, em 1990, é a afirmação da universalidade dos direitos da criança. Não se trata mais de categorizar a infância como “irregular”, mas de pensar em toda a diversidade desse público no Brasil.

O Brasil foi o primeiro país a promulgar um marco legal (Estatuto da Criança e do Adolescente), em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989). Estima-se que o ECA tenha inspirado mais de 15 reformas legislativas, em especial na América Latina. A partir do ECA, foi implementado um sistema de justiça e de segurança específico para crianças e adolescentes, com a criação de Juizados da Infância e Juventude, bem como Núcleos Especializados no Ministério Público e Defensoria, além de delegacias especializadas, tanto para atendimento de crianças e adolescentes vítimas quanto autores da violência. As delegacias especializadas foram determinantes no processo de visibilidade da violência sexual contra crianças e adolescentes.
No contexto internacional, o mundo já propugnava pela criação de planos para o enfrentamento da violência sexual, com foco, à época, para a exploração sexual, haja vista, a “Declaração e Agenda para Ação”, aprovada no I Congresso Mundial Contra Exploração Sexual Comercial de Crianças, evento realizado em Estocolmo, em agosto de 1996, como também as recomendações do II Encontro do ECPAT – Brasil, realizado em Salvador em 1998.
Na esteira desse movimento, em 2000, o Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança referente à Venda de Crianças, à Prostituição Infantil e à Pornografia Infantil dedica boa parte de seu texto às questões atinentes ao processo de responsabilização criminal da exploração sexual de crianças e adolescentes.
Na primeira década dos anos 2000, o Brasil avançou de forma significativa no enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, com a aprovação pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), de políticas nacionais temáticas. Surge nesse momento o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil.

A partir da instituição desse Plano Nacional, o País vivencia uma série de avanços importantes na área do reconhecimento e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. O Plano serviu como referência para organizações não governamentais, especialmente no âmbito da mobilização social e do monitoramento de políticas públicas na perspectiva de formulação e efetiva implementação de ações nesta área por parte das esferas estatais.
Em 2003 o Governo Brasileiro assume o compromisso de priorizar ações para a erradicação da exploração sexual de crianças e adolescentes e de implementar ações articuladas nesse sentido, por meio da Comissão Intersetorial de Enfrentamento da Violência sexual contra Crianças e Adolescentes4, criada pelo então Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva e coordenada pelo Ministério da Justiça até 2006, quando foi integrada à então Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Decorrente de um intenso processo de mobilização, essa década foi também marcada por intensas mudanças legislativas que tiveram impacto direto na tipificação de todas as formas de violência sexual.
A instituição do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes5 e da Comissão Intersetorial no âmbito do governo federal, o fortalecimento das redes locais/ estaduais; as diversas campanhas de sensibilização sistemáticas (Carnaval e 18 de maio – Dia Nacional de Luta Contra a Exploração e o Abuso Sexual), a adesão de um número crescente de organizações públicas e privadas ao enfrentamento da violência sexual, a visita ao Brasil do Relator Especial das Nações Unidas sobre venda, prostituição infantil e utilização de crianças na pornografia; a adoção da experiência de Códigos de Conduta contra a Exploração Sexual em diferentes segmentos econômicos (turismo, transporte etc.); a criação do serviço de disque denúncia nacional gratuito – Disque 100 e, ainda, a realização do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil, em 2008, consideradas como conquistas previstas no referido Plano, reforçadas pela instituição de planos temáticos, como o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (2006) e o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (2008).
De acordo com o Estudo Proteger e Responsabilizar6, o Plano Nacional em 2000, tornou-se referência e ofereceu uma síntese metodológica para a estruturação de políticas, programas e serviços para o enfrentamento à violência sexual, a partir de seis eixos estratégicos:
Análise da Situação conhecer o fenômeno da violência sexual contra crianças e adolescentes por meio de diagnósticos, levantamento de dados, pesquisas.
Mobilização e Articulação fortalecer as articulações nacionais, regionais e locais de combate e pela eliminação da violência sexual; envolve redes, fóruns, comissões, conselhos e etc.

Defesa e Responsabilização atualizar a legislação sobre crimes sexuais, combater a impunidade, disponibilizar serviços de notificação e responsabilização qualificados.
Atendimento - garantir o atendimento especializado, e em rede, às crianças e aos adolescentes em situação de violência sexual e às suas famílias, realizado por profissionais especializados e capacitados.
Prevenção - assegurar ações preventivas contra a violência sexual. Ações de educação, sensibilização e de autodefesa.
Protagonismo Infantojuvenil promover a participação ativa de crianças e adolescentes pela defesa de seus direitos e na execução de políticas de proteção de seus direitos.
Em 2003, iniciou-se um processo de atualização do Plano Nacional, especialmente, para introduzir indicadores de monitoramento e avaliar seu impacto na formulação de políticas públicas. Coordenado pelo Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, esse processo culminou com a publicação “Relatório do Monitoramento 2003-2004”, em 2007.
Em 2008, o Brasil sediou o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. As discussões dele decorrentes alertaram para a necessidade de atualização/revisão do Plano Nacional, sobretudo para atender as chamadas novas formas de violência sexual, os crimes transnacionais e os delitos facilitados pelas tecnologias da informação e comunicação (TICs).
A partir do documento produzido pelo III Congresso, a sociedade civil brasileira e o poder público, representados no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, no Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e na Comissão Intersetorial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes definiram uma agenda estratégica para implementar um amplo debate que culminasse com a atualização/revisão do Plano Nacional, aprovado em 2000.

5. METODOLOGIA


Será desenvolvida as atividades proposta ao tema: Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes do município de Touros de acordo com o nível de escolaridade, ou seja, cada escola irá trabalhar o tema abordado, seguindo este projeto, porém adaptando a sua realidade.
·         Exposição de pinturas;
·         Cartazes;
·         Vídeos;
·         Palestras;
·         Peças teatrais;
·         Paródias;



7. CRONOGRAMA


TEMA
ESCOLAS
DATAS
Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes do município de Touros
Todas as escolas do município de Touros, públicas e privadas.
OBS: iremos marcar as datas para realização de palestra em cada escola contemplada com este projeto



8. CULMINÂNCIA


A culminância será no dia 18/05/2016 com uma caminhada saindo as 15h00 em frente à Escola Municipal Drº Orlando Flávio Junqueira Ayres e concluindo a caminhada do lado da Igreja Matriz, com apresentações abordando a temática em pauta.
Sabendo que cada escola ficará aberta para desenvolver uma apresentação de acordo com tema: Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes do município de Touros para apresentação no dia da culminância. Tendo em vista, que se faz necessário a inscrição desta apresentação no Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município de Touros/RN, localizado na Av. 27de Março, 431, Centro, Touros/RN.


9. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Conclui-se este projeto com a certeza da importância de conhecermos a realidade tourense, no que se refere ao tema: Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes do município de Touros. A interação com as crianças e adolescentes no ambiente escolar do nosso município será extremamente enriquecedor, sendo de forma estratégica para a construção de valores e respeito ao próximo.
Esta experiência proporcionará uma visão ampla do tema e despertará o conhecimento, dentro do contexto de violência, onde a mesma irá ser capaz de identificar as várias formas de violência sexual contra as mesmas.
Este projeto ajudará a escola a cumprir seu compromisso ético, moral e legal de notificar às autoridades competentes casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos, abuso e exploração sexual. Ao mesmo tempo, pretende incentivar os educadores a agirem de maneira solidária em relação à criança e adolescentes e sofrem ou sofreram abuso encaminhando em regime de prioridade absoluta, aos serviços de ajuda médica, educacional, psicossocial e jurídica.

REFERÊNCIA


BRASIL. Presidência da República. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

CULMINÂNCIA DO PROJETO 2016

 

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